A oportunidade de presenciar a 72ª edição da Berlinale apareceu e quis agarrá-la por inteiro. Uma experiência bonita que despertou em mim a vontade de ver tudo, e não perder um segundo que fosse.
É evidente que tal desejo não foi realizável – muitos filmes ficaram por ver, muitas pessoas por conhecer – por isso, o entusiasmo permanece e prolonga-se para lá dos dias cheios de cinema. Ficam-me guardadas as memórias para revisitar sempre, as anotações desses filmes por ver e dos outros a que quero voltar. A Berlinale é um festival que, tal como a Berlim de prédios altos, se agiganta perante os nossos olhos; uma oferenda imensa que tentei trazer comigo, para aos poucos lhe ir buscar mais um bocadinho, e saborear devagar.
Foi um privilégio compartilhar este ponto de encontro e revelação de muitos recantos do mundo com os meus companheiros de viagem. Dias de pouco sono e muitos cafés (em nada comparáveis aos portugueses) que, apesar disso, guardo com imenso carinho.
Deixo uma lista dos filmes que mais me marcaram, e que me serviram de lembrete de que a criatividade é das poucas coisas inesgotáveis na vida:
1 – Geographies of Solitude, de Jacquelyn Mills
2 – Beba, de Rebeca Huntt
3 – Super Natural, de Jorge Jácome
4 – Nest, de Hlynur Pálmason
5 – Mars Exalté, de Jean-Sébastien Chauvin
Vera Barquero
[Foto em destaque: Geographies of Solitude, Jacquelyn Mills © Jacquelyn Mills]