Berlinale 2022 – A nossa experiência e os nossos 5 melhores filmes (VI)

No último dia da Berlinale vi apenas um filme – Beirut the Encounter (1981), do libanês Borhane Alaouié. Ter visto é uma força de expressão. Do filme vi apenas a primeira meia hora e … o plano final, de um avião a descolar. Belíssimo plano, como o eram todos os que vi. Para onde ia e quem levava, como podem imaginar, não fazia ideia.

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Berlinale 2022 – A nossa experiência e os nossos 5 melhores filmes (V)

Nesta edição atípica da Berlinale, a minha primeira, apercebi-me que, para o festival, certas experiências não estão, nem podem estar, na mesa de negociação. A comunhão, a dimensão partilhável do cinema, é uma delas. Afinal, não é um dos maiores prazeres da vida ouvir uma sala inteira rir? E, que tal, sentir o silêncio profundo dos que estão à nossa volta, também a navegar as ondas de um filme?

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Berlinale 2022 – A nossa experiência e os nossos 5 melhores filmes (IV)

A Berlinale é seguramente um dos festivais internacionais que prefiro. Não só por ser um dos que frequento há mais anos, desde 1998, ainda antes da mudança para a Potsdamer Platz, quando a sala principal era ainda a do Zoo Palast (portanto, antes do ano 2000), mas sobretudo por ter gerado algumas das mais fascinantes experiências de ordem pessoal e profissional. Contudo, este ano, a experiência do festival foi diferente.

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Berlinale 2022 – A nossa experiência e os nossos 5 melhores filmes (III)

A oportunidade de presenciar a 72ª edição da Berlinale apareceu e quis agarrá-la por inteiro. Uma experiência bonita que despertou em mim a vontade de ver tudo, e não perder um segundo que fosse.

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Berlinale 2022 – A nossa experiência e os nossos 5 melhores filmes (II)

O Francisco assistiu muitos filmes e escreveu sobre a maior parte do que viu. Considerou que a jornada foi cansativa, mas recompensadora. Assistiu a conferências de imprensa e fez perguntas a Dario Argento, Hong Sang-soo e a pessoas que conheceu no local. Aprendeu também mais sobre a crítica cinematográfica. 

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Berlinale 2022 – A nossa experiência e os nossos 5 melhores filmes (I)

A Berlinale é um dos maiores festivais de cinema do mundo. Cobre não só os melhores filmes, que depois passam para o circuito comercial, mas também muitos filmes a que o público dificilmente terá acesso. Assim sendo, para mim, a prioridade foi seguir mais perto a secção Fórum, não só por representar, em grande parte, esse segmento menos mediático, como também proporcionar uma oferta mais variada e, a meu ver, mais interessante.

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Alcarràs vence Urso de Ouro e Super Natural conquista prémio FIPRESCI

A cineasta catalã Carla Simón ergueu o Urso de Ouro por Alcarrás. Mas um dia antes, já o português Jorge Jácome sabia que tinha recebido o prémio FIPRESCI, da crítica internacional, por Super Natural.

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As Chamas Purificadoras de Fogaréu

Fogaréu é o primeiro longa-metragem da jovem cineasta brasileira Flávia Neves. Já foi dito sobre o cinema brasileiro que é impossível não analisá-lo segundo as extremas duras condições de realização nacional. Entretanto, seria absolutamente desleal utilizar essa característica – a dura realidade brasileira – como um elemento de escusa para qualquer tipo de falha. Mesmo porque, apesar do sistema brasileiro, filmes excelentes são produzidos todos os anos, com reconhecimento tanto do público local ou internacional.

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Bertrand Bonello examina o delírio dos influencers em Coma

Bertrand Bonello não é propriamente um cineasta desconhecido, pelo que surpreende que o seu novo filme Coma tenha sido selecionado para a secção Encounters. Só se compreende pela ousadia formal de fazer um cinema totalmente ‘fora da caixa’, ao mesmo tempo que explora todas as condicionantes de um cinema feito em tempos de lockdown, como, de resto, é indicado no genérico. 

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Carlos Lobo e a beleza poética da juventude

Carlos Lobo, professor de fotografia na Universidade Católica do Porto, apresenta na Berlinale de 2022 a sua primeira curta-metragem de ficção. Aos Dezasseis acompanha uma jovem no epicentro da descoberta das inseguranças e curiosidades típicas da adolescência. Conseguimos, após a primeira exibição do filme, conversar um pouco com o realizador e entender algumas das motivações para este projecto, bem como o processo criativo que o guiou. 

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