O Francisco assistiu muitos filmes e escreveu sobre a maior parte do que viu. Considerou que a jornada foi cansativa, mas recompensadora. Assistiu a conferências de imprensa e fez perguntas a Dario Argento, Hong Sang-soo e a pessoas que conheceu no local. Aprendeu também mais sobre a crítica cinematográfica.
Continue reading “Berlinale 2022 – A nossa experiência e os nossos 5 melhores filmes (II)”Autor: Chico Barbosa
As Chamas Purificadoras de Fogaréu
Fogaréu é o primeiro longa-metragem da jovem cineasta brasileira Flávia Neves. Já foi dito sobre o cinema brasileiro que é impossível não analisá-lo segundo as extremas duras condições de realização nacional. Entretanto, seria absolutamente desleal utilizar essa característica – a dura realidade brasileira – como um elemento de escusa para qualquer tipo de falha. Mesmo porque, apesar do sistema brasileiro, filmes excelentes são produzidos todos os anos, com reconhecimento tanto do público local ou internacional.
Continue reading “As Chamas Purificadoras de Fogaréu”Os sofrimentos do sexo feminino em “Nana”
Nana é o mais recente trabalho da cineasta indonésia Kamila Andini. A narrativa acompanha a vida e os pesadelos de Nana, uma dona de casa, mãe de três filhos que usufrui a vida na alta sociedade enquanto o governo sofre um golpe militar.
Continue reading “Os sofrimentos do sexo feminino em “Nana””Distopia Contemporânea em The Myanmar Diaries
Em plena pandemia de Covid-19, um vídeo percorreu a internet e se tornou viral. Tratava-se de uma professora de dança fazendo um vídeo para uma plataforma da internet enquanto grupos militares tomavam as ruas de Myanmar para anunciar um golpe de estado. É exatamente com essa mesma imagem que The Myanmar Diaries começa, um filme exibido na secção Panorama.
Continue reading “Distopia Contemporânea em The Myanmar Diaries”Everything will (not!) be OK
Em 2013, Rithy Pahn dirigiu A Imagem Que Falta, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e ganhador do prêmio Un Certain Regard no festival de Cannes, o longa apresenta a curiosa técnica de utilizar estáticas figuras de argila para reencenar os horrores do Khmer Rouge no Camboja e os desafios da pequena indústria cinematográfica do país. Em Everything Will Be Ok, Rithy Panh volta a usar a mesma técnica, mas complementando a mis-en-scène com um estilo ainda mais intenso de mesclar as figuras de argila com outras imagens documentais de nosso mundo.
Continue reading “Everything will (not!) be OK”Dario Argento descontente com a situação política no Brasil
O mestre do cinema de horror italiano, Dario Argento, prestou uma conferência de imprensa na Berlinale para promover seu mais recente filme, Occhiali Neri, cuja crítica você pode ler aqui. Entre uns e outros assuntos, tive a oportunidade de lhe fazer algumas perguntas, o que originou uma conversa sobre sua herança brasileira.
Continue reading “Dario Argento descontente com a situação política no Brasil”Pelos óculos escuros de Dario Argento
Reza a lenda que após uma sessão de um filme de Dario Argento, Hitchcock teria dito que “esse italiano começava a preocupá-lo”. De fato, há muitas semelhanças entre o estilo de um e de outro, principalmente no sentimento de suspense e os planos voyeurs.
Continue reading “Pelos óculos escuros de Dario Argento”Rimini ou Comedor de Velhinhas Decadentes
Rimini, o mais recente filme do austríaco Ulrich Seild, abre com um grupo de idosos a cantarem em um asilo. Somos apresentados a um senhor que caminha com a ajuda de um andador. O espaço é composto por paredes cobertas por imensos adesivos simulando a natureza. Apesar do assunto, o ritmo do corte não é lento.
Continue reading “Rimini ou Comedor de Velhinhas Decadentes”Notas sobre o júri
A Berlinale abriu hoje com uma sessão de Q&A com o Júri do Festival. O presidente é M. Night Shyamalan, e o restante é composto por Karim Aïnouz, Saïd Ben Saïd, Anne Zohra Berrached, Tsitsi Dangarembga, Riûsuke Hamaguchi e Connie Nielsen.
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