Exibido na maratona noturna Boca do Inferno, no IndieLisboa, Fishmonger (2023) é uma curta-metragem dirigida por Neil Ferron que se adequa à ocasião. Com uma narrativa simples, mas inesperada, faz-nos torcer pelo miserável protagonista, Christie O’Mallaghan, um pescador solitário que é odiado por todos na ilha de Connamarragagh. Uma comédia ligeiramente fora do comum, já […]
Autor: Catarina Gerardo
L’Agnese va a morire (1976), filme dirigido por Giuliano Montaldo, foi um dos protagonistas da Festa do Cinema Italiano que se realizou em Lisboa, de 12 a 21 de Abril. Baseado no romance homónimo de Renata Viganò, afigura-se como uma peça fundamental sobre a resistência política e a luta contra o autoritarismo. Com o intuito […]
Damos as boas-vindas à secção Alma Viva. Neste recanto íntimo, desvendamos com paixão as nossas divagações e emoções, proporcionando uma experiência de purga cinematográfica que vai além do imediato e que logo se mistura com as nossas mais profundas referências visuais e bibliográficas. Esta secção promove o texto poético-emotivo, por vezes, denso e com a […]
O DocLisboa tem como intuito a exploração de representações únicas da realidade. Quer seja por meio de um experimentalismo ou pelo desafio das conceções do passado, promove filmes que ofereçam novas maneiras de percecionar o mundo. The Nothingness Club – Não Sou Nada (2023) de Edgar Pêra é um deles, afigurando-se como um documentário mental […]
O QueerLisboa é para muitos uma oportunidade de sentir o encontro pulsante da diferença. Não só um ponto de chegada, como acima de tudo um ponto de partida, este festival de cinema, verdadeiramente inclusivo, volta a Lisboa para a sua 27ª edição. Um evento que, através da exibição de obras cinematográficas inseridas na esfera LGBTQI+, […]
Wild Strawberries (1957), da realização de Ingmar Bergman, carrega consigo o peso de uma narrativa de afirmação do passado sobre o presente. Contando com uma produção de Allan Ekelund, assevera-se como um veículo para pensar a inexorabilidade do envelhecimento e efemeridade da juventude. Ao longo dos devaneantes noventa minutos do filme é percorrida uma distância […]
Landscape in the Mist é um filme que se olha a si próprio. É um filme que, para além de observado, tem de ser visto. É um filme que, num profundo exercício de contemplação, convoca a visualidade em seu redor e transfigura-a como sua. E à sua maneira singular e singela, Theodoros Angelopoulos fixa uma […]
Creuse (2022) é um constante trabalho de presentificação do som. O baque surdo que dele emana torna possível a emergência de um exercício necessário à não-existência de uma vida. Por levar ao extremo a sinestesia da experiência cinematográfica é uma curta-metragem que se distende. Por pedir um tipo de compreensão anormal, é exibido numa maratona […]
Até que ponto é que um filme se afirma como filme? Numéro Deux (1975) pode compreender um esforço de abstração maior do que o vulgar, já que não roça nenhum género delineado, mas sim se afirma como um exercício de experimentação de Jean-Luc Godard realizado em colaboração com Anne-Marie Miéville. Um filme, se é que […]